Estamos
em ano eleitoral (mais uma vez), minha revolta já começa ai... de 2 em 2 anos é
essa “bagunça”. Eu sei, eu sei, vai parecer que estou ‘cuspindo no prato que
comi’, mas eu explico.
Depois de atuar na área política por quase 3 anos, mais especificamente na
parte de marketing pessoal, trabalhos legislativos, desenvolvimento de projetos
visando a elevação do índice de aprovação pela população e organização de
gabinete, parei de olhar de fora para dentro e comecei a ver de dentro para
fora.
Foi uma verdadeira revelação! Sempre fui meio utópica, achando que poderiam
existir pessoas realmente comprometidas e tudo mais... hoje porém, tenho
reforçada a idéia de que todo mundo tem um preço. E não estou falando apenas em
dinheiro, por incrível que pareça, esse, às vezes, é só conseqüência. O
verdadeiro valor esta no que o ego deseja, no que o íntimo suplica e no que o
inconsciente comanda.
Depois de campanhas muito bem elaboradas (defendendo meu peixe, a publicidade
tornou-se ferramenta fundamental e eficiente), os felizardos eleitos ou
reeleitos partem para a ‘jornada legislativa’... Senhor! Poucos têm a noção
exata de tudo o que está envolvido nisso, principalmente de ‘quem’ esta
envolvido nisso.
Hoje não vou me prender em dizer o que a população já está cansada de saber...
Que política é coisa séria, que devemos estudar a história e os princípios dos
candidatos, que é fundamental eleger ‘homens de bem’, que é obrigação do
eleitorado mudar a cara do político brasileiro através do conhecimento, da
cobrança e da participação ... blá, blá, blá, blá...
Hoje faço um pedido e mesmo sabendo que não será levado em consideração,
gostaria que no mínimo fosse analisado. Gostaria de pedir para que cada
político eleito, cada legislador, cada membro do executivo, cada um desses
tantos, ao comemorar a vitória e começar a percorrer o caminho do mandato, não
esqueça que a população é o alvo de seu trabalho e de seu comprometimento. Mas
que lembre-se, principalmente, que esse trabalho só é possível porque existe
muita gente envolvida diretamente nele.
Contratar uma assessoria competente e qualificada, por exemplo, seria o inicio
da verdadeira revolução. Pois mesmo o político mais ‘certinho’, enche a boca
para falar em coerência, em honestidade e em comprometimento e por
outro lado, mantém uma assessoria com base no “rabo preso” (me perdoem o
palavreado). Bom, isso para mim é no mínimo hipocrisia e o resultado se
vê na falta de organização e competência, nos problemas do dia-a-dia que depois
tendem a ser resolvidos na ameaça: “ou melhora, ou vai todo mundo pra rua”.
Quem deveria ser demitido é o político que já começou seu trabalho com base
podre e depois ainda quer conquistar palanques!
Para finalizar, pelo amor de Deus, alguém pode explicar para políticos e
assessores, que eleição vai e vem... funcionalismo público, concursado e na
grande maioria muito bem qualificado, fica.... Um pouco de humildade e respeito
não faz mal a ninguém e também conquista votos. Que tal em vez de invadir as
repartições públicas de eleição em eleição, achando que são os donos do mundo,
detentores absolutos do conhecimento, essa ‘gente nova’, parasse e ouvisse só
um pouquinho. Que tal um “por favor”, um “muito obrigada” e um “que bom poder
contar com você” de vez em quando?!
É, definitivamente, fala-se em conquistar eleitorado e esquece-se do básico...
a conquista começa em casa, a força vem de dentro e sem respeito e qualificação
dos seus e pelos seus, a política vira politicagem e mesmo o melhor candidato,
vai descobrir o preço do seu ego e se tornar mais um na multidão.
Boa campanha a todos, ou, a quem conseguir!
Falou e disse. Quem vê de fora e não te conhece vai analisar como se fosse uma opinião, ou um artigo de jornal. Apesar de revelar que trabalhou na área, mas pra mim que te conheço um pouco mais posso dizer que foi um desabafo, de alguem que esteve lá, viu, sentiu na pele que o furo é bem mais embaixo e que infelizmente ainda é a "fachada" o que importa.
ResponderExcluirA política deveria ser encarada de forma bem mais profissional, não simplesmente, fazer o possível, de qualquer jeito, embora eu não seja político, deve ser difícil para um edil ter que fazer escolhas, as pressões que são exercidas, nem sempre se toma a melhor decisão.
Mudar é preciso, mas com pressões de todos os lados termina sempre em "fazer o possível".